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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

FMI: Países do G-20 reduzem desequilíbrios, mas crescimento decepciona

FMI: Países do G-20 reduzem desequilíbrios, mas crescimento decepciona


Por Sergio Lamucci | Valor

WASHINGTON  -  Os países do G-20 mostraram algum avanço na redução de seus desequilíbrios externos e internos, mas ainda é necessária uma ação coordenada para atingir o crescimento balanceado e sustentável, aponta um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O documento identifica nove economias com desequilíbrios de médio prazo relativamente grandes, fazendo uma análise da situação de cada uma e sugerindo políticas para enfrentar a questão – China, zona do euro, França, Alemanha, Índia, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos. O Brasil ficou fora, por não apresentar grandes desequilíbrios segundo os indicadores usados  -  dívida pública e déficit fiscal, poupança privada e dívida privada; e a situação das contas externas, englobando a balança comercial, o fluxo líquido de investimentos e transferências.
Ao analisar o conjunto das economias do G-20, o FMI diz que os desequilíbrios externos diminuíram de modo geral”, observando que  “essas melhoras são em parte permanentes, e em parte transitórias”. Os problemas fiscais também “estão melhorando lentamente”. O Fundo ressalta, no entanto, que ainda é preciso diminuir ainda mais os desequilíbrios, ao mesmo tempo em que se deve fortalecer as perspectivas de crescimento. A análise do FMI foi feita no contexto do Processo de Avaliação Mútua do G-20, feita a cada dois anos, uma iniciativa lançada na cúpula de Pittsburgh, em 2009.
Os desequilíbrios externos diminuíram mais do que o estimado nas previsões feitas em 2011, diz o FMI. “Embora alguns fatores temporários possam ter tido algum papel, a equipe do FMI não espera que os desequilíbrios voltem para os níveis registrados antes da crise se compromissos de políticas forem cumpridos”, afirma o relatório. “O superávit externa da China, por exemplo, encolheu significativamente entre 2008 e 2013, de cerca de 10% do PIB para 2% do PIB, refletindo um rebalanceamento em direção à demanda interna (investimento mais alto)”. O FMI projeta superávits mais modestos para o país nos próximos anos.
“Os EUA também estão vendo redução dos seus déficits externos e fiscais, e a expectativa é que eles continuem menores no médio prazo”, diz o relatório. No caso da economia americana, parte do ajuste também foi saudável por ter corrigido muitos dos excessos financeiros que precederam a crise de 2007 e 2008, enquanto outra parcela se deveu aos efeitos da Grande Recessão, como a forte queda do investimento e o aumento da poupança privada.
Os principais desequilíbrios identificados para as nove economias são os seguintes – China: poupança privada elevada e superávit externo; França: dívida pública e déficit externo elevados; Alemanha: dívida pública e superávit externo elevados; Japão: superávit externo moderado e grande dívida pública; Reino Unido: baixa poupança privada e dívida pública elevada; Estados Unidos; déficits fiscais e externos elevados; Índia, desequilíbrios signficativos nos setores público e privados; zona do euro: superávits externos em alta, com uma piora dívida pública; Espanha: dívida pública em alta.
O ponto mais preocupante é que é o crescimento continua a ser decepcionante, diz o FMI. As perspectivas de expansão nas economias avançadas pioraram, e parte da redução dos desequilíbrios globais se deve à compressão de demanda nos países deficitários, o que afetou o crescimento, como ocorreu com os EUA. “Antes da crise, a economia global mostrou a capacidade de se crescer rapidamente quando os desequilíbrios eram grandes e estavam aumentando. Na crise depois dela, ela cresceu muito mais devagar com desequilíbrios menores. Ainda é necessário conseguir crescer com mais força e com desequilíbrios menores”, disse o chefe da divisão do departamento de pesquisa do FMI, Hamid Faruqee, um dos principais autores do relatório, em nota divulgada pela instituição.
O FMI faz então uma série de recomendações de políticas para os países enfrentarem os desequilíbrios e conseguirem avançar a um ritmo mais forte. “Primeiro, há uma necessidade de mais rebalanceamento interno”, aponta o FMI. “Melhorar as finanças públicas em países com déficits fiscais persistentemente elevados também vai ajudar a reduzir os déficits externos.”
Para os EUA, o FMI receita um ritmo de ajuste fiscal mais gradual no curto prazo, ao mesmo tempo em que o país precisa mostrar um plano crível para enfrentar o crescimento de despesas no longo prazo. O Japão também terá de dosar a consolidação fiscal, apresentando um mapa de que vai resolver a questão das contas públicas em prazos mais longos.
Para a Índia, um país em que “as pressões externas aumentaram recentemente”, o FMI recomenda que as autoridades abordem os déficits fiscais por meio de um reforma tributária e do sistema de subsídios, assim como de melhoras estruturais na economia.
Para economias superavitárias (com saldos externos elevados), o FMI diz que é importante promover reformas estruturais para fortalecer a demanda interna, no caso da Alemanha, ou mudar a sua composição, no caso da China, que precisa dar mais ênfase ao consumo do que ao investimento. Na zona do euro, a recomendação é

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